Arabí Rodrigues
ao casal amigo Glênio e Tita Fagundes
Glênio Fagundes, irmão.
De fé e querer fraterno;
invoco o Patão Eterno,
num ato de contrição.
Do fundo do coração,
à frete de tua imagem;
afrouxo a voz, e a linguagem,
através da inspiração
se transforma em oração,
à luz da tua mensagem.
Gravada como quem manda,
um chasqueiro bem montado,
num zaino negro tapado,
cogote que não desanda
O recado, uma ciranda,
cheio de encanto e ternura.
Deus me deu esta ventura,
pra dizer de própria lavra:
que sorvi cada palavra,
com quem bebe água pura.
Mas, a vida é uma constante,
que não para e nem descansa.
O homem é sempre criança,
um sonhador, um andante,
em verdade, um ajudante
dos demais seres terrenos.
Numa gota de sereno,
pendurada no arame,
pode-se ver, num exame,
quão um gigante é pequeno.
Cada vez que desenfreno,
o medo de não ter medo,
o tempo mostra um segredo,
que guardo do Nazareno.
Todo o remédio é veneno,
todo veneno é remédio,
um amigo cura o tédio,
arrebata o desengano.
Como já disse o Caetano:
“o tempo, não tem saldo médio”.
Talvez por isso, sozinho,
duas horas da manhã,
à sombra do picumã,
no aconchego do ninho;
Possa dizer-te, “baixinho”,
que ninguém consiga ouvir,
estou aqui pra dividir,
o que recebi de Deus,
pra que eu seja um dos teus,
tenho muito o que aprender,
entre todos, o meu prazer,
é que tu, és um dos meus.
Um abraço fraterno
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
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