Arabí Rodrigues
à Isabeli
Nego Marx, Jane, Isabeli,
teu pai, meu filho adotivo,
antes qu’outro revele,
vou alcançar-te o motivo,
ele, de pé no estrivo
pronto pra ir embora;
o poncho, o laço, as esporas,
chapéu de aba tapeada
e a decisão já tomada.
Por sorte cheguei na hora.
Primeiro, o “buenas” de sempre,
que acalma, afaga e arrebata;
depois, o símbolo da trempe:
a figura que retrata,
no elo de cada pata,
a Santíssima Trindade.
Já mais calmo, e, por vontade,
sentou-se num banco baixo,
ouvindo a voz dum riacho,
presente da divindade.
Daí por diante, querida,
“las cosas” foram mudando.
tu não sabes, mas, a vida,
é como rio, caminhando,
“despasito” vai quebrando,
os arroubos dum cristão.
Quem possui bom coração,
vê o mundo sem receio,
já no segundo passeio,
tava de rédea no chão.
Teus pais, irmãos verdadeiros,
de ser e querer fraternos.
Sempre dizem que os primeiros,
são os fogões dos invernos.
Benditos dias modernos,
que vais encontrar aqui.
O tempo, sempre guri,
a vida, moça guria;
no ventre da poesia,
um trono feito pra ti.
Isabeli, a tua vinda,
é uma dádiva de Deus,
por certo, será mais linda,
que os desejos dos meus;
quero ser mais um dos teus:
por apelido, Velhimho;
com ternura e com carinho,
a candura do meu verso,
no céu do meu universo
já és luz no meu caminho.
Nh. casa do rio, Páscoa de 2008
domingo, 23 de março de 2008
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