domingo, 25 de maio de 2008

Por Ser Poeta

Arabí Rodrigues

Homenagem ao Dr. Moacir Rodrigues

Meu IIrmão de querer bem,

aqui estou, alma aberta,

a saudade quando aperta,

nos maneia e faz refém;

arranca o que a gente tem,

lá bem do fundo da alma,

o silêncio bate palma,

o coração tironeia,

e até a trava da meneia,

laceia pedindo calma.

Quem sabe, por ser poeta,

consigas ver à distância,

e ante tal circunstância,

traçar dum ponto, uma reta,

a onde ausências se aquieta,

fazendo a gente sofrer.

Como é difícil dizer

ao um amigo de verdade,

só pra matar a saudade,

que bom seria te ver!

Depois da ultima promessa,

cheguei pensar por mais velho,

as lições do Evangelho

nos ensinam, não ter pressa.

Talvez, por isso a conversa,

macia como soiteira,

tenha deixado na poeira

algo, que não entendi.

Esta cisma de guri,

que não deixou a fronteira.

Por fim, uma confissão:

dessas de arrepiar o pêlo.

O mundo por desmazelo,

judia um pobre cristão.

Assim sendo meu irmão,

o tempo não se distrai.

Quem canta, o amor atrai,

pelo fator querer bem.

Ouço Diego: “Netinho vem

e tu dizendo: Netinho vai”...

Nh. casa do rio, dezembro, 06/07

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