Arabí Rodrigues
Meu caro Celso Pitol,
parabéns pelo Celsinho.
O meu verso com carinho,
resguarda o fulgor do sol;
relembra no arrebol,
qu’a prataria da lua,
quando reflete flutua,
nos paredões da existência:
um filho, é a nossa consciência,
que tempo a fora continua.
Um “regalo” da chirua,
que agente escolhe pra si.
Pra que saia por ai,
lonqueando a verdade crua.
Galo, já nasce com pua,
o Celsinho tem nazarenas;
quando sacode as melenas,
à frente dum aporreado,
esgancha de carnal virado
pra delírio das morenas.
Assim, se livra das penas,
como o rio da água doce,
escrevendo, como se fosse,
várias tarcas de centenas.
“lo sangre pulsa las venas”,
como nas veias patrícias,
precisa calma e perícia,
pra retribuir a homenagem.
O requinte da linguagem,
fez o payador notícia.
Este querer sem malícia,
filho da honra dos pais;
faz-me vivo por demais,
um grau aquém da cobiça.
A vaidade se espreguiça,
o coração tironeia,
o pensamento clareia,
a voz da musa cantora,
minha eterna protetora,
que à tua frente se apeia.
Para dizer-te obrigado,
ademais, obrigado e meio!
Celsinho, do teu rodeio,
não tem um só, desgarrado,
todos de casco aparado,
tosados de gogutilho,
cebruno, baio, tordilho,
pelechando a tarde finda,
co’a marca da dona Linda
e o saber, tal pai, tal filho.
Nh. Casa do Rio, novembro 03/07
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
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