Mãe
Arabí Rodrigues
Mãe:
a deusa, que Deus aprova,
pelos caminhos da terra,
é o amor que se renova,
no ventre que tudo encerra.
Mãe:
é a luz que o céu descerra,
à frete de todos nós.
A emoção chegando à foz
nas cores do paraíso,
entre lágrimas e sorrisos,
a vida assumindo a voz.
Mãe:
um desejo profundo,
alento de bem me quer,
lenitivo deste mundo
beleza feitio mulher.
Mãe:
querer, dum ser que requer,
dedicação e ternura;
do Criador, a criatura
guarda no ceio, florindo,
a voz dum silêncio lindo,
à mão de nossa figura.
Mãe:
beleza de flor madura,
sobre o altar dos perfumes,
pedra angular da estrutura
que guardas cheia de ciúmes:
nossos hábitos e costumes;
como se fossem só teus.
Mãe:
a glória infinda dos meus:
ancestrais e descentes,
resultado das sementes,
aqui plantadas por Deus.
Mãe
Mês de maio, mês das noivas,
a cor da paz na consciência,
repasso nas tardes goivas,
à luz da minha existência:
tua candura, a inocência,
o ser do meu querer bem.
Mãe:
Contigo aprendi também,
sem tecer loas, ou troféu,
contrito, alcançar o céu,
antes de dizer Amém.
Mãe:
Todos os dias são teus,
além da minha alegria
nos teus olhos, vejo os meus,
refletindo a poesia
que repito a cada dia,
lembrando a cada segundo;
que o meu desejo mais fundo
quando em festa o coração,
é ter a tua emoção,
como a razão do meu mundo.
Nh. casa do rio, abril de 2008
sábado, 10 de maio de 2008
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