Cruza de Sangue - payada
Arabí Rodrigues
homenagem ao Dr. Nilton Tavares
irmão, por parte de pai,
cruza de sangue que vai,
além do verso que rimo,
a quem respeito e estimo,
co’a força que a alma tem.
Bem dito seja o além,
pela família Rodrigues,
co’a mesma pinta dos tigres,
que só, um Rodrigues tem.
Por um lado, somos carinho
e pelo o outro amoroso.
Pelo meu lado, o “Mimoso”,
pelo teu, o “Simãozinho”;
de contra peso o “Zezinho”,
um querer bem de “nosotros”.
co’a liberdade dos potros,
estrada, estudo, sentença,
não ha china que nos vença,
mesmo de pêlo revolto...
Sou grato por relembrar
na “charla” por telefone:
certa feita, pelo nome
fui chamado, pra cantar,
de pronto, sem perguntar
se alguém queria me ouvir,
soltei a voz, sem pedir,
silêncio, calma, atenção.
A payada, é uma oração,
que mostra o nosso sentir.
Agora que o mundo sabe,
que somos irmãos de sangue,
demos um viva ao Rio Grande,
pela parte que nos cabe,
mesmo que o tempo desabe,
sobre a copa do chapéu,
meu verso será um te-deum,
sem retoque e nem reparo,
ao meu pai e o tio Amaro,
hoje mateando no céu.
Nh. casa do rio agosto 29/07
um abraço
Arabí
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