sexta-feira, 25 de julho de 2008

O Nosso Deus Negro

Arabí Rodrigues
ao Dr. Amaury Leopoldino de Freitas

Um deus negro, como a noite,
quando a lua dorme cedo,
conhecedor do segredo,
do ser que chega ao apoite,
pra se livrar do açoite,
que se projeta disperso.
O perfume do meu verso,
reúne em torno de si,
um deus, que ensina sorri,
co'as luzes do universo.

Atende a voz do alheio,
como se fosse, um dos seus,
seguindo o rastro de Deus,
que perpassa o nosso meio.
Um deus, que guarda o anseio
na face de seu irmão.
Do ventre do coração,
brotam flores perfumadas,
com ares de gargalhadas,
ante o riso do perdão.

Um deus, que transforma a dor,
em caminho limpo e puro;
condão de ser o futuro,
aonde há voz de clamor.
Um paladino do amor
no sem fim do ser humano.
Vaqueano dos mais vaqueanos,
que a comparsa da consciência.
Altaneiro na prudência,
bondade de Soberano!

O coração de criança,
rebrilha acima da calma.
Do silêncio, a sua alma,
estende a mão da esperança,
Da humildade, vem a confiança,
que propaga de voz rouca.
No tom, que perfuma a boca
Esconde o conhecimento,
de quem sabe, que o som vento
apruma uma orelha mouca...

Na cor da África materna,
o calor de sol a pino.
Franqueza de rei sulino,
na sua missão fraterna.
Quem me dera a luz eterna,
pra definir o querer.
Eu faria, sem dizer,
um verso de pôr na praça,
somente pra render graças:
ao Médico, deus do saber!!!

Nh. casa do rio, julho, 24/08 -6.15h

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