don Arabí Rodrigues
Meus irmãos de céu e terra,
litoral, campo e cidade,
estou faceiro, em verdade,
a musa subiu a serra,
justo, aonde Deus descerra,
a luz por entre a ramagem.
Por esta impura paragem,
sigo o rumo do sem fim,
buscando dentro de mim
o motivo pra mensagem.
Quando reparto a linguagem,
pra desenhar o que tenho,
adejo o chão, donde venho,
sobre as flores, da paisagem.
Entre o medo e a coragem,
prefiro a voz da razão.
Não sei por que a emoção,
nos aflige e atrapalha,
e quando livre se espalha
por dentro do coração.
Quando o sim, quer dizer não,
a vida segue outro rumo,
por isso não acostumo,
co’essa tal evolução,
leva um taura de roldão,
sem pergunta e nem resposta.
Até mesmo uma proposta
de compra, ou venda de gado,
tem que ter muito cuidado
co’a facada pelas costas...
Assim mesmo quando “enrosca”,
palavra e fio de bigode,
o mais forte se sacode,
e o outro que tire a “cosca”.
No bolicho da “Marosca”,
não se vende canha fiado,
um sistema do finado,
uma lição do Florêncio.
O barulho do silêncio,
faz o meu mundo calado.
Nh. casa do rio, outubro, 30/07
sexta-feira, 10 de abril de 2009
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