quarta-feira, 13 de agosto de 2008

"A Casa do sem Voto" payada

Arabí Rodrigues

Meus irmãos de corpo e alma,
de mate amargo e querência,
venho em nome da prudência,
que nos apraza e acalma.
O silêncio bate palma,
e o coração pede bis.
Volto à Praça da Matriz,
bandeja e pamonha prontas,
ao pessoal que confere as contas
que por discreto, é feliz...

Um diz que há desmazelo,
descontrole e nepotismo.
Outro diz, foi egoísmo,
açodamento, atropelo,
por não ser do mesmo pêlo,
dos que usam “placas discretas”;
por ciúmes, quase que embreta,
o que já estava no brete.
É a história que se repete,
quando “una cholita apreta”.

Sempre soube que o ciumento,
é corno por antecedência.
O que chamo de prudência,
é honra do Sentimento.
Confundir descaramento,
com segurança, descrição,
é como trocar um canhão,
por uma pistola vazia.
Placa fria é placa fria,
e não importa o patrão.

Essa empáfia de segredo,
é um disfarce conhecido;
pra manter bem escondido,
a luxuria do brinquedo.
O que dá certeza e medo,
são as denúncia que foram feitas
quem por certo, não aceita
o rabo de quem for pego,
nesse cabide de emprego,
sem voto, “vão pra direita”.

Quando penso na Arrancada,
dos heróis de Trinta e Cinco,
recordo o brio, o afinco,
luz de palavra empenhada
o rigor da cavalgada,
além da fome, o cansaço,
o desejo “templado” em aço,
sob o Pendão de três cores.
Onde estão estes valores,
se perderam no espaço?

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