Arabí Rodrigues
Homenagem ao Dr. Moacir Rodrigues
Meu IIrmão de querer bem,
aqui estou, alma aberta,
a saudade quando aperta,
nos maneia e faz refém;
arranca o que a gente tem,
lá bem do fundo da alma,
o silêncio bate palma,
o coração tironeia,
e até a trava da meneia,
laceia pedindo calma.
Quem sabe, por ser poeta,
consigas ver à distância,
e ante tal circunstância,
traçar dum ponto, uma reta,
a onde ausências se aquieta,
fazendo a gente sofrer.
Como é difícil dizer
ao um amigo de verdade,
só pra matar a saudade,
que bom seria te ver!
Depois da ultima promessa,
cheguei pensar por mais velho,
as lições do Evangelho
nos ensinam, não ter pressa.
Talvez, por isso a conversa,
macia como soiteira,
tenha deixado na poeira
algo, que não entendi.
Esta cisma de guri,
que não deixou a fronteira.
Por fim, uma confissão:
dessas de arrepiar o pêlo.
O mundo por desmazelo,
judia um pobre cristão.
Assim sendo meu irmão,
o tempo não se distrai.
Quem canta, o amor atrai,
pelo fator querer bem.
Ouço Diego: “Netinho vem
e tu dizendo: Netinho vai”...
Nh. casa do rio, dezembro, 06/07
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